O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que é usado para reajuste de aluguel, teve uma queda de 0,64% no mês de setembro. No entanto, no acumulado durante os últimos doze meses, teve uma alta de 24,86%, segundo a Fundação Getúlio Vargas. Esse aumento se deve, principalmente, à crise econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus.
Mesmo com índices altos, na maioria dos casos, os proprietários e imobiliárias preferiram negociar os reajustes de aluguéis para manter as locações dos imóveis. Segundo o 1º vice-presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Ceará, Rodrigo Costa, o mercado de locação absorveu bem e se adaptou ao momento atípico. “ São raros os proprietários que querem reajustar o valor do aluguel de acordo com o IGP-M, tivemos poucas demandas judiciais. Agora estamos tentando voltar à normalidade, mas se você comparar com o pico da pandemia, o índice está em alta em relação ao normal, mas tende a se normalizar”, afirma.
O mercado imobiliário por sua vez continuou aquecido, principalmente em alguns setores como de segunda moradia, casas e condomínios fechados com grande área de lazer. As perspectivas para o setor de locação ganham ainda mais forças com o aumento de supermercados e farmácias. “Com objetivos ousados de crescimento no comércio, o mercado de locação de imóveis no segmento comercial tende a aumentar. Imóveis que estavam parados por um tempo estão conseguindo bons resultados. Lembramos que a negociação e uma boa conversa sempre é primordial em qualquer setor do mercado imobiliário”, explica Costa.
Com a adequação do mercado de locação de imóveis à nova realidade, as negociações entre inquilinos e proprietários e diminuição dos casos de covid-19 no Brasil, a tendência é a normalização da economia, “Estamos voltando ao equilíbrio, vejo boas perspectivas para os próximos dias, consigo enxergar uma luz no fim do túnel”, completa.
Texto: Luan Gerard
Edição: Mirelle Costa