Tendência de queda em estoques e novos financiamentos seguem desde o ano passado
Um levantamento realizado pelo Sinduscon – Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Ceará, afirmou que o estoque de imóveis caiu de
onze mil para quatro mil unidades no ano passado. A mudança no perfil
do consumidor, que teve que passar mais tempo em casa por conta da
pandemia e facilitação do crédito para novos financiamentos, são fatores
que influenciaram o aumento nas vendas. Para 2021, a tendência é
positiva para o mercado imobiliário.
“Desde o ano passado, com a taxa SELIC a 2%, os bancos começaram
uma disputa para ver quem financiaria com a taxa de juros mais baixa, e
em situações como essa, quem ganha é o consumidor. Para se ter uma
ideia, quem financiou um imóvel há 5 anos por 421 mil e pagavam
prestações de cerca de 6 mil, hoje está pagando menos de 4 mil. Então,
isso é para mostrar que o momento está propício para fechamento de
negócios”, afirma o presidente do Creci Ceará, Tibério Benevides.
Segundo pesquisas do Sinduscon, áreas de lazer e o crescimento do
mundo pet entre as famílias que adquiriram os imóveis contribuíram para
a alta no mercado. “O perfil do consumidor mudou nesta pandemia, os
condomínios já estão preparando espaços para animais de estimação, o
mercado imobiliário está se adaptando rapidamente”, reforça o Vice-
presidente da área financeira do Sinduscon, Clausens Duarte, em uma
entrevista concedida a Rádio Jovem Pan Fortaleza.
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção confirmou um aumento
de 8,4% em vendas de apartamentos novos nos primeiros nove meses
de 2020, em comparação com o mesmo período do ano de 2019. Os
imóveis são distribuídos em várias regiões do Estado, tanto na capital
como em cidades metropolitanas como: Eusébio, Caucaia, Aquiraz,
Maracanaú e Itaitinga, entre outras.